Quantas vezes você já ouviu — ou até disse para si mesmo — a frase: “isso é só nervosismo, passa”?
A verdade é que a ansiedade não é apenas um desconforto passageiro. E sim um dos sintomas mais comuns da atualidade, presente em homens e mulheres de todas as idades.

Na psicanálise, olhamos para este sintoma como mensagem.
A ansiedade revela um conflito interno, muitas vezes inconsciente, entre desejos, medos e exigências do mundo externo. Não é apenas um problema a ser eliminado, mas uma forma de o sujeito expressar aquilo que não consegue colocar em palavras.

Vivemos em uma sociedade marcada por três características principais:

Aceleração: somos cobrados a estar sempre disponíveis, produtivos e atualizados.

Performance: o valor do sujeito muitas vezes é medido pelo que ele entrega e não por quem ele é.

Compulsão: excesso de estímulos digitais, consumo e relações superficiais.

Nesse contexto, a ansiedade surge como resposta ao impossível de dar conta de tudo. É como se o corpo gritasse: “pare e me escute”.

Na clínica psicanalítica, o objetivo não é simplesmente “eliminar a ansiedade”, mas compreender sua função na vida de cada pessoa.A ansiedade não é frescura. Ela é um sinal legítimo de que algo dentro de nós pede escuta e elaboração.

Na psicanálise, aprendemos que o sintoma é um mensageiro — desconfortável, é verdade —, mas que aponta para a possibilidade de transformação.

Se você tem sentido que a ansiedade está tomando conta da sua vida, saiba que não precisa enfrentar isso sozinho.
A escuta psicanalítica pode ser o espaço onde sua fala encontra sentido.